Por Renan Deves*
Nos últimos anos, temos testemunhado um notável crescimento na adoção das práticas DevOps e este impulso é alimentado pela urgência de desenvolver e entregar softwares com agilidade e eficiência.
Para atingir esses objetivos, estamos assistindo ao surgimento de uma série de tendências importantes no setor de DevOps que devem levar a uma entrega de maior qualidade na produção de softwares.
Uma delas é a crescente popularização e utilização de IA e Machine Learning em pipelines DevOps. Temos observado uma maior eficácia na automação de tarefas, detecção de anomalias, previsão de falhas e otimização de processos. Entretanto, implementar e manter modelos de AI/ML também traz consigo desafios significativos. Além da demanda por expertise específica, surgem questões éticas e de interpretabilidade dos resultados, que exigem uma abordagem cuidadosa e ponderada ao longo de todo o processo.Outra tendência relevante é o uso de Serverless Computing, que permite que empresas se concentrem no desenvolvimento de aplicativos sem se preocupar com a gestão da infraestrutura subjacente. Gerenciar a complexidade de funções e serviços e controlar custos são desafios importantes. A prática de Infrastructure as a Code (IaC), que permite a gestão e provisionamento de infraestrutura usando código e automação, facilita a criação e gestão consistente e escalável de TI.
Já a abordagem DevSecOps une práticas de segurança desde o início do ciclo de vida do desenvolvimento de software, visando identificar e corrigir vulnerabilidades, garantindo conformidade e protegendo a reputação da empresa. Mudanças culturais e a integração eficaz de ferramentas de segurança são desafios significativos.
A automação continua tendo uma grande importância na atividade e desempenha a função de acelerar o ciclo de vida de desenvolvimento, teste e implantação de software. Automatizar processos como builds, testes, provisionamento de infraestrutura, implementação e monitoramento é fundamental para garantir eficiência e agilidade.
A entrega contínua, por exemplo, abrange a automação completa do ciclo de entrega de software, capacitando equipes a trabalharem de maneira ágil e confiável. Nesse sentido, torna-se necessário monitorar constantemente o desempenho do software em produção e coletar feedback dos usuários para identificar prontamente problemas e assegurar uma experiência satisfatória para o usuário.
Além disso, a incorporação da segurança em todas as etapas do ciclo de vida do desenvolvimento de software é de extrema importância para empresas que buscam produtos confiáveis, estáveis e em conformidade com as regulamentações. Essa abordagem garante a mitigação de riscos desde o início, otimizando a qualidade do software entregue e reduzindo drasticamente a probabilidade de falhas e ataques. Ao adotar uma mentalidade de melhoria contínua, os processos de segurança são aprimorados e consequentemente impulsionam a competitividade e a satisfação dos clientes.
A implementação dessas práticas de entrega contínua, automação de testes, monitoramento constante e gestão eficaz da infraestrutura está elevando a qualidade dos aplicativos e soluções de software. Ciclos de feedback mais rápidos, detecção precoce de problemas e maior estabilidade e confiabilidade são alguns dos benefícios observados.
Não podemos esquecer que, para nutrir uma cultura de colaboração entre equipes, elemento essencial para o sucesso do DevOps, é preciso adotar a prática de compartilhar responsabilidades, eliminando silos organizacionais e colocando a comunicação eficaz em prática.
Em suma, as tendências emergentes em DevOps estão moldando a forma como as organizações desenvolvem, entregam e mantêm o software. Isso, aliado a uma cultura de colaboração, automação e foco na qualidade, está impulsionando a inovação e proporcionando melhores experiências aos usuários finais.
*Renan Deves é Gerente de Engenharia na Zallpy Digital, empresa especializada em soluções tecnológicas customizadas para grandes empresas
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