Os moradores denunciam que a prefeitura retirou os ônibus da empresa que operava o serviço regular e os substituiu por veículos utilizados no transporte escolar, prometendo que, em caráter emergencial, os moradores seriam transportados gratuitamente. No entanto, a realidade é bem diferente: os ônibus estão em condições precárias e, em muitos dias, sequer circulam. A frustração cresce diante da falta de atenção por parte da gestão municipal. A população se sente desrespeitada e ignorada. A insatisfação também se dirige a representantes da prefeitura no próprio distrito — como a diretora da escola local — acusada de dificultar o embarque dos moradores, inclusive de crianças e idosos, para Ilhéus, como mostra inúmeros vídeos que circula nas redes sociais. Antes, seis horários diários garantiam o deslocamento entre Banco do Pedro e a sede do município. Hoje, o serviço praticamente inexiste. O contraste é gritante: Banco do Pedro abriga a maior fazenda de cacau do mundo, assim identificada a Biofábrica do Cacau, referência em pesquisa científica, como a produção de clones tolerantes à vassoura de bruxa — e, mesmo assim, sofre com a precariedade de serviços básicos.  A indignação será levada às ruas nesta sexta-feira (16), quando os moradores organizam um protesto às 8h, em frente à prefeitura de Ilhéus. A convocação já circula: "Banco do Pedro pede socorro. Ônibus urgente." A população exige providências imediatas. Vale lembrar que Banco do Pedro foi um dos distritos que mais deu votos ao prefeito Valderico Júnior (União Brasil) nas eleições de 2024. Ironicamente, o local seria o primeiro a receber asfalto no programa de acesso às rodovias — uma das principais propostas da então adversária Adélia Pinheiro (PT).

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