A Empresa Baiana de Água e Saneamento S/A (Embasa) está realizando uma série de levantamentos e estudos e já prepara uma proposta a ser apresentada ao prefeito Augusto Castro para reassumir os serviços de água e esgoto no município de Itabuna. A proposta garantiria investimentos para a universalização do saneamento e uma quantia significativa de recursos, que seriam injetados diretamente no caixa da prefeitura para uso discricionário.
A Embasa operou em Itabuna até 1989, quando os serviços foram municipalizados e seu patrimônio foi transferido para a EMASA (Empresa Municipal de Água e Saneamento) por meio de um comodato, acordo que já está expirado há algum tempo. O contrato estabelecia que, ao fim do comodato, o município deveria indenizar a Embasa pelos ativos. Como isso não foi feito, no caso de uma privatização dos serviços, a empresa privada que assumisse seria obrigada a pagar essa indenização à empresa estadual.
Essa movimentação, no entanto, despertou a fúria de grupos que defendem a concessão dos serviços à iniciativa privada. Esses setores, que já teriam “vendido a promessa” da privatização, agora correm o risco de não concretizá-la.
O Sindae defende a manutenção da empresa pública municipal e luta contra a “negociata” em direção à privatização.
O sindicato alerta também que a privatização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário trará consequências danosas à população, com aumentos exorbitantes nas tarifas e a precarização dos serviços.

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