Ação de intercâmbio de experiências artístico-pedagógicas vividas em diferentes contextos, mas conectadas pelo interesse de abraçar repertórios diversos, questionar paradigmas, aprofundar o conhecimento e qualificar a prática de quem ensina – ou deseja ensinar – dança, a Formação Itinerante de Professores de Dança, em sua 16ª edição, acontece entre julho e setembro, começando pelas cidades baianas de Campo Formoso (29 a 31 de julho) e Juazeiro (1º a 3 de agosto), e depois seguindo às capitais Goiânia/GO (26 a 28 de agosto) e Belém/PA (16 a 19 de setembro). As inscrições são gratuitas e estão abertas no site jornadadedanca.com, voltadas a dançarinos e professores de dança, além de profissionais de educação física, música e artes cênicas em geral, reconhecendo as metodologias como facilitadoras de dinâmicas do corpo e promotoras de uma prática docente reflexiva e criativa.
A Formação é o pontapé da Jornada de Dança da Bahia, festival soteropolitano que chega em novembro à sua 15ª edição com reconhecimento nacional no desenvolvimento da educação em dança, em busca de estabelecer conexões inventivas entre artistas, professores, alunos e públicos. O evento, idealizado pelo Mantra Centro de Dança e realizado pela Escola Contemporânea de Dança, sob a direção da dançarina Fatima Suarez, tem como marca a inspiração nos ideais e na filosofia de dança de Isadora Duncan (1877-1927) – considerada a mãe da dança moderna e precursora da dança livre, que rompeu com os padrões do ballet clássico e devolveu à dança seu valor como arte sagrada e popular. Este traço se revela em todas as atividades da Jornada e também se expressa no mote deste ano, “Danço o que sou”, frase inspiradora da dançarina estadunidense.
Três atividades integram a Formação Itinerante de Professores de Dança. A primeira é dos Encontros A Natureza Criativa do Ser, voltados para professores e artistas, em que são ministradas aulas de dança moderna nos fundamentos de Isadora Duncan dentro de uma perspectiva contemporânea. As aulas abordam a criação coreográfica, a improvisação e a experimentação sobre alguns trabalhos coreográficos da dançarina, apresentados por Fatima Suarez e pelo grupo Contemporânea Ensemble, criado em 2002, única companhia especializada no repertório de Duncan de toda a América do Sul.
A segunda é das Oficinas para Estudantes, realizadas nas cidades baianas e destinadas a adolescentes e jovens entre 12 e 29 anos de idade, que sejam estudantes ou artistas interessados em dança. As aulas são ministradas por professoras da Escola Contemporânea de Dança e membros do Contemporânea Ensemble.
Por fim, tem a apresentação do espetáculo “A Arte de Isadora Duncan”, aberto ao público, que visita a obra desta grande criadora através de coreografias originais compostas entre 1900 e 1927 e atualizadas por Fatima Suarez junto com Lori Belilove, diretora artística da Isadora Duncan Dance Foundation, de Nova York. Com um acentuado teor estético, histórico, documental e pedagógico, a peça possibilita o acesso a uma importante parte da memória viva da dança produzida no Ocidente. Após a apresentação, o elenco do Contemporânea Ensemble participa de um bate-papo com o público.
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